Orientações para...

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Orientações para TDAH

Orientações para TDAH

1. Na pandemia, o distanciamento social impactou na vida de crianças com Trantorno de Déficit de Atenção/Hiperatividades, TDAH? De que maneira? Os sintomas pioraram?

R: A pandemia da SARs- CoV- 2 impactou de modo geral as crianças, e especificamente, as que apresentam Transtornos do Neurodesenvolvimento, cujo cluster o Transtorno de déficit de Atenção/Hiperatividade está inserido. Os indivíduos com TDAH embora com características similares pertencem a especificadores diferentes: tipo predominantemente desatento; impulsivo e do tipo combinado. Assim, as manifestações também se mostram de forma heterotípica. Também é sabido por meio da literatura que esses indivíduos têm prejuízos em funções executivas, as quais são muito requisitadas para as a feitura de atividades da vida cotidiana e acadêmica. Portanto, exibem dificuldades de controlar alguns comportamentos os quais devem ter flexibilidade imediata em situações, mesmo comuns; planejamento e organização de rotina e conseguir segui-la também podem ser difíceis para o TDAH. Porém, essas manifestações pioram quando não há um acompanhamento adequado, por isso é importante a família entender e auxiliar no direcionamento dos sinais.

 

2. É difícil diagnosticar TDAH? Por quê? Quais os critérios (duração, frequência, intensidade, etc)?

O diagnóstico é clínico, multidisciplinar, mas fechado por um médico. A conduta médica irá determinar a ministração medicamentosa, também são importantes acompanhamentos para auxiliar nos ajustes comportamentais, na vida acadêmica, por exemplo. Os critérios são regidos pelo Manual Diagnóstico e estatístico de Transtornos mentais, na sua quinta versão ou DSM-V e realizada avaliações bem detalhadas em áreas como neuropsicologia, fonoaudiologia e psicopedagogia.

 

3. Como distinguir uma criança naturalmente distraída ou agitada daquela que é TDAH?

A distinção é realizada pelo profissional clínico e com aplicação de procedimentos em diferentes áreas como por exemplo, área cognitiva, linguística e comportamental, pois os sinais podem se manifestar de forma diferente dependendo da etapa de desenvolvimento do indivíduo e ainda apresentarem comorbidades com outros transtornos, por isso a importância de procurar um profissional especialista para encaminhamento diagnóstico.

 

4. Além do tratamento (psicoterapia e remédio), que cuidados devem ser tomados em casa, na escola ou no trabalho?

Orientações práticas para o TDAH são de extremo valor. Na área pedagógica pode -se adaptar, sempre que necessário e com a orientação da professora e da equipe, o planejamento psicopedagógico, e ajustes também são necessários na vida universitária. O ensino a esquematizar conteúdos, a destacar, sublinhar, fazer quadros e gráficos, pois  o formato visual facilita a aprendizagem para o indivíduo com TDAH, bem como o uso de diagramas e informações diretas e mais curtas. A família pode estabelecer rotinas com expectativas claramente definidas, evitar exigir padrões comportamentais além de suas capacidades no momento, pois é um processo de aprendizagem. O fracionamento do tempo de lições de casa e supervisionar com períodos curtos também são bem-vindos.

Andréa Carla Machado

Andréa Carla Machado

Formada em Letras e Pedagogia. Mestre e Doutora em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos, UFSCar. Estágio Doutoral em Special Education pela Unviversity of Georgia, UGA, Estados Unidos da América, EUA. Pesquisadora e Psicopedagoga clínica do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Infantil, CPEDI, São José do Rio Preto, SP. Pós-Doutorado em Psicologia pela UFSCar e Pós-Doutoranda em Educação pela UNESP, campus de Marília, SP.

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